1 de mai. de 2012

Mini Fic "Morando com o inimigo" - Capitulo 6 - Maratona Parte 4 | 4/6


Semanas depois. Joseph aceitara a guarda de minha família. Ele até me perguntou se eu me importaria, eu disse que não, é claro, mas que seria bizarro, isso seria. Estávamos de férias do colégio, e eu tinha saído com Kevin mais umas duas vezes. Sel sempre ia lá também, geralmente com Nick, agora que Joseph também morava do mesmo teto. E eu continuava a jogar video-game com Liam. Fazia apenas uma semana que Joseph tinha se mudado, ele ficara com o quarto ao lado do meu, que era o maior quarto, muita injustiça.
Era um dia normal, sabado, e Kevin tinha me chamado para ir ao cinema. Eu procurava desesperadamente minha blusa nova, preta com uns detalhes roxos. Eu adorava aquela blusa.

- Argh! Droga! Mãe, você viu minha blusa nova? MÃE! - Desci as escadas gritando.
- Hey, dá pra parar de gritar, por favor! - Joseph saiu de seu quarto, sem camisa e com o cabelo todo bagunçado. Fiquei paralisada.
- Er, não, não dá! - Consegui me livrar da imagem tentadora em minha frente.
- Hum, a mocinha tá de TPM? - Ele deu aquelas gargalhadas malucas que só ele sabe dar.
- Não! Ah Joseph, não enche ok! - Rolei os olhos e me virei para continuar a procura da minha blusa. Mas ele segurou meu braço, me jogando contra a parede.
- Por que você não relaxa hein? É só o Kevin! - Ele chegou mais perto com um sorrisinho malicioso.
- Não é só o Kevin, ele é um cara muito legal! Agora me solta! - Tentei me livrar e mais uma vez ele me prensou mais forte na parede.
- Eu também posso ser um cara legal! - Ele colocou a boca em meu ouvido, falando devagar e baixo. Eu me arrepiei.
- É, pode, mas o dia que isso acontecer querido, eu vou estar morta e nem vou ver.
- Tem certeza? - Ele segurou forte em minha cintura, descendo cada vez mais a mão, e deixando seu lábio tocar em meu pescoço.
Isso era tortura demais, por que ele estava fazendo isso?
- Joseph, m-me s-solta! - Que péssimo, eu gaguejei e ele riu.
- É, acho que você já tá mais calminha. - E me empurrou, me soltando e voltando ao seu quarto, rindo.

Hã? Ele tinha algum problema? Era louco?
Eu estava morrendo de raiva, minha respiração ainda estava falha, e eu bufava feito um cavalo, ou uma égua? Que seja. Ele ia me pagar!!!
Depois dessa cena com o Joseph, ai que eu não achei minha blusa mesmo, fui com outra. Kevin chegou em minha casa, minha mãe adorava ele, mas Joseph ainda era seu xuxuzinho. Sai de casa ainda brava e desorientada, e Kevin percebeu.

- Aconteceu alguma coisa Demi? - Ele me perguntou, enquanto andavamos até o carro.
- N-não, porque?
- Você tava voando ai. - Ele deu de ombros.
- Não é nada, sério.

No caminho para o cinema, Kevin parecia muito nervoso, querendo dizer algo. Não consegui imaginar nada do que ele pudesse me falar, até porque um tal de JosephJonas não saía da minha cabeça.

- Agora eu que pergunto, está tudo bem com você? - Perguntei à ele.
- Tudo,er.. é que eu queria falar uma coisa com você. - Sabia, eu sou boa pra perceber essas coisas, ou não?
- Pode falar. - Dei um meio sorriso encorajador.
- Então... é que... eu conheci uma pessoa...er - Ele estava se enrolando demais e resolvi ajudar.
- Conheceu alguém, e está gostando dela, então quer terminar o que tá rolando entre a gente, e vamos ser amigos, tipo BFF! - Falei rápido e ele me olhou assustado. Será que não era isso?
- Como você sabe? - Ele perguntou ainda com os olhos arregalados. Homens, humpf.
- Eu sou mulher, esqueceu? - Falei rindo e dei uma piscadinha.
- Não mesmo. - Ele fez uma cara maliciosa, e eu bati em seu braço.
- Mas então, tá tudo bem pra você? - Ele me perguntou confuso, talvez achasse que eu ia ficar chateada.
- Claro, está tudo bem! - Dei um sorriso, e ele sorriu também.
- Que bom! E essa história de BFF, que coisa mais gay Demi! - Ele disse rindo enquando caminhavamos até a porta do cinema.
- Ah, não quer ser meu Best Friend Forever? Que descepção Kevin! - Eu gargalhava. Kevin era um ótimo amigo, aliás, um ótimo BFF!

O cinema tinha sido super divertido, nós rimos o filme inteiro, e só pra constar, não era um filme de comédia. Cheguei em casa mais cedo do eu esperava, até porque quando eu saia com Kevin eu voltava tarde, e não pense besteirinhas, ele me levava em casa e ficávamos conversando, na maioria das vezes. Nós não éramos um casal meloso que ficava se pegando, por isso eu sabia que não ia dar certo, ainda bem que ele encontrou alguém. Mas voltando... eu cheguei em casa e me joguei no sofá, mesmo com o irritante do Joseph ao meu lado. Ele me olhou surpreso.

- Chegou cedo hein! - Ele disse olhando a TV. Estava com uma camiseta branca e com uma bermuda jeans, simples, mas extremamente lindo. Adorava quando ele usava branco, realçava o corpo dele. Oh meu Deus, o que eu estou pensando?! Cala a boca Demetria.
- É, terminamos. - Falei dando de ombros e também vendo a TV. Que era um programa ridículo de mulheres que dançavam quase nuas e ficavam rebolando.
- Você e o Kevin? - Perguntou, e eu balançei a cabeça afirmando. - E você vai começar a chorar daqui a pouco?
- Claro que não. Por que eu choraria? - Joseph era bem lerdinho.
- Achei que gostava dele...
- Gosto, mas não tanto a ponto de chorar. E ele arrumou alguém, estou feliz por ele, somos amigos. - Expliquei e ele disse um "Ah". Depois eu fiquei pensando, e esse tinha sido nosso mais longo diálogo. Sério! Estranho né?!
- Ah, Joseph, pelo amor de Deus, troca de canal, não quero ver mulher semi-nua rebolando. - Eu disse fazendo careta.
- Mas eu quero. - Ele gargalhava.
- Joseph, por favor. - Tentei apelar para o biquinho, ninguém resistia. Mas ele riu mais ainda.
- Esse bico não vai resolver. - Ele ficou sério de novo e continuou babando nas mulheres, então eu resolvi atacar.
- Ah não? - Fui chegando mais perto, e me joguei em cima dele tentando pegar o controle de suas mãos, ele ria e se contorcia no sofá.
- ME DÁ ESSA MERDA, Joseph. - Eu gritava e ele segurava com mais força enquanto eu tentava bater nele e ponto dele soltar.
Foi quando eu tive uma ideia, se socar não estava resolvendo, apelei para as cócegas. Ele ria tão bonitinho, já até tinha esquecido do controle. De repende eu cai junto com ele do sofá, ficando por cima dele, e agora nós dois riamos feito malucos.
- Viu o que você fez? - Ele disse muito próximo do meu rosto quando paramos de rir. Ele ainda me encarava sério, e eu fiquei paralizada com aqueles olhos castanhos, olhei sua boca tão perto da minha, e mordi os lábios tentando resistir.
- Er, Demetria, você poderia sair de cima? Eu preciso ir ao banheiro. - Puta merda, fiquei muito vermelha e levantei rápido, apesar que não estava tão ruim ficar ali, mas...er.
Subi para meu quarto e troquei de roupa com um sorriso bobo que não queria sair do meu rosto. Ele me irritava, mas eu sempre acabava rindo de suas besteiras. Coloquei uma blusinha preta simples, e um short jeans, não muito curto, claro, eu não era vulgar. Me joguei na cama pensativa, de barriga pra baixo e acabei pegando no sono. E não, dessa vez não sonhei com olhos azuis, mas com flores, um campo de flores, lindas, mas eu estava perdida, sozinha e então eu começei a me deseperar, mas o lugar era lindo. Uma coisa contradiz a outra não é? Muito estranho.

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